sexta-feira, 23 de maio de 2014

News Maio/2014



A importância de se economizar água esteja talvez em seu momento mais latente em nosso país. A recente crise vivida por conta da escassez de chuvas e consequentemente de recursos hídricos nos principais sistemas de abastecimento de São Paulo fez com que o governo do estado e a Sabesp agissem na tentativa de ao menos atenuar esse cenário uma vez que não haverá racionamento de água.
Uma das principais medidas será multar o consumidor (residência/condomínio) que usar mais água além do volume médio mensal consumido nos últimos 12 meses de 2013. 

Outras medidas para garantir a segurança no abastecimento também têm sido adotadas, tais como transferência de água dos sistemas Guarapiranga, Alto Tietê e também o Sistema Rio Grande para abastecer áreas antes abastecidas pelo Cantareira e um programa de bônus de 30% para quem reduzir o consumo em 20%, além de campanhas publicitárias para difundir a economia de água e também obras para utilização de reserva técnica.
Todo esse cenário evidencia ainda mais que evitar desperdícios e utilizar a água de forma consciente são acima de tudo atitudes sustentáveis e que merecem sim uma atenção especial nesse momento tão crítico.

O relatório anual da ONU estima que, em 2050, 45% da população mundial não terá a quantidade mínima de água necessária para o dia-a-dia. Atualmente já existem mais de 1 bilhão de pessoas praticamente sem acesso à água doce.
Pensar no amanha de nossa sociedade, de nossa economia e do meio ambiente é uma missão de todos.

Uma das formas de reduzir desperdícios de água é realizando a localização de vazamentos invisíveis em tubulações de água, hidrante, esgoto e piscinas. Seja tubulação de cobre, PVC ou ferro, todas estão vulneráveis a desgastes. Principalmente as mais antigas.
A Canumã atua há mais de 14 anos em São Paulo e interior com localização de vazamentos residenciais, prediais, comerciais e industriais em busca de diminuir desperdícios e preservar nosso recurso mais valioso.
Nós temos um serviço específico para edificações, que consiste no teste de tubulações enterradas de água da rua e hidrante, monitoramento das caixas subterrâneas e verificação eletrônica e manutenção preventiva de todos os aparelhos hidráulicos. O objetivo é verificar se existem vazamentos e, em caso positivo, localizá-los.

Realizamos ainda outros serviços, como monitoramento online do consumo, localização de vazamentos em infiltrações, piscinas, gás e esgoto.

Temos a satisfação de sermos parceiros das maiores administradoras de condomínios de São Paulo. Já atendemos inúmeros clientes provindos dessas parcerias e estamos fazendo nossa parte para um futuro mais esperançoso em relação a redução de perda de água.


Consulte-nos e saiba como prevenir vazamentos, desperdícios e multas! 


Desperdício x Medidas Eficazes:

  • Ao lavar o carro/calçada durante 15 minutos:  1.700 litros/ano (Prefira os baldes)
  • Regar plantas por 10 minutos com mangueira: 186 litros/dia (Prefira o regador)
  • Lavar louça durante 15 minutos com a torneira ligada: 240 litros (Ensaboe e depois abra a torneira para enxaguar)
  • Banho de 15 minutos: 243 litros de água (Ensaboe-se com chuveiro fechado, enxaguando-se em seguida. Tome banhos mais curtos)
  • Descarga com válvula acionada por 6 segundos: 10 litros, ou até 30 litros se estiver com algum tipo de defeito. (Prefira caixas acopladas)
  • Escovar os dentes por 5 minutos com a torneira não muito aberta: 12 litros (Escove os dentes com a torneira fechada e enxague somente após finalizar)
  • Lavar roupa na lavadora com capacidade de 5 quilos: 135 litros (Certifique-se de que a capacidade da lavadora esteja preenchida para aproveitar ao máximo a utilização de água)
  • Vazamentos de torneiras: 1 gota por segundo equivale a um desperdício de 46 litros/dia ou 1.380 litros/mês.



quinta-feira, 27 de março de 2014

News de março

Foco na redução do desperdício leva Canumã a condomínio residencial em São Paulo

Com a proposta de identificar vazamentos e corrigi-los, o condomínio São Vicente de Paula, localizado no Itaim Bibi, em São Paulo, buscou pelo atendimento da Canumã, que realizou o teste eletrônico das tubulações de água e hidrante, além de monitoramento da caixa d’água e verificação dos pontos hidráulicos da edificação e dos apartamentos. “O trabalho foi de gestão no condomínio. Esse tipo de solicitação é sinal de uma preocupação cada vez mais comum por parte das empresas e condomínios empresariais e residenciais, que prezam pelo uso consciente da água e pela economia. Ficamos contentes por isso, pois, como empresa especializada, conhecemos todos os riscos que um edifício e uma obra sofrem ao abortarem esse tipo de gestão e cuidado”, comenta Mario Borba, diretor geral da Canumã.

“Graças ao serviço realizado pela Canumã, o consumo de água no São Vicente voltou ao normal, ao patamar histórico do prédio. O atendimento prestado foi muito bom, desde o cumprimento dos prazos e a facilidade de pagamento, até a postura dos profissionais que executaram o serviço. Estamos realmente satisfeitos e tranquilos, pois sabemos que água não é um bem barato e tampouco substituível”, comenta Manoel Altino, síndico do condomínio São Vicente de Paula.
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Diga SIM! para a economia de água!

Você economiza água? Como? Por quê? O que você espera para o futuro do planeta? Perguntamos para pessoas com diferentes rotinas, impressões e expectativas se elas economizam água, as estratégias que utilizam e o que elas esperam para o futuro do planeta. O que esperamos? Que boas atitudes inspirem você e as pessoas ao seu redor. 


Pedro Amora diz SIM! para a economia de água. Ele fala para a Canumã nesta edição como e por quê! Conheça, identifique-se, inspire-se!
“Sim, eu economizo. Eu uso a mesma camiseta por diversas vezes - enquanto não estiver mal cheirosa. Coleto água das calhas da casa em um latão para regar todo o jardim. Tomo banho em 3,5 minutos. Não compro mais água engarrafada - bebo sim água da torneira. Em minha casa as roupas são lavadas com *bolas ecológicas que não utilizam sabão Tenho um minhocário reciclando quase todo o lixo orgânico (menos carne) e o transformando em adubo. Lavo o carro somente pra eventos que são necessários, como caronas ou viagens.
Às vezes não dou descarga imediatamente após o xixi noturno, o que também não incomoda os pequenos da casa (ele tem dois filhos), e apenas dou descarga pela manhã - pode parecer nojento, eu sei, mas mais nojento pode ser ter de reciclar esgoto para conseguirmos água no futuro”.
“O futuro? Tento ser otimista. Aprendi com a Monja Chime que otimismo não é pensar que tudo vai estar ótimo. Isso é expectativa, e consequentemente pode gerar frustração. Otimismo, segundo ela, é estar ótimo sempre, seja qual for a situação”.
 Pedro Amora, 33 anos, paulista, fotógrafo e produtor cultural.
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Sistema Cantareira entra em obras para captação da reserva estratégica de água

Depois de registrar o menor nível dos últimos dez anos, chegando a 22,9% de sua capacidade no final de janeiro deste ano, o Sistema Cantareira passa agora por obras para captação da reserva estratégica de água. De acordo com a assessoria de imprensa da Sabesp, os trabalhos para aproveitamento do chamado “volume morto” ocorrem nas represas Atibainha, em Nazaré Paulista, e Jaguari/Jacareí, em Bragança Paulista.

Para a captação, serão construídos dois canais, que somam 3,5 quilômetros de extensão. Serão também instaladas 17 bombas, cuja função é retirar o volume do fundo das represas e encaminhá-lo aos túneis, seguindo o trajeto normal até a Estação de Tratamento de Água Guaraú, na zona norte de São Paulo. Lá, a água será tratada dentro dos rígidos padrões de qualidade seguidos pela Sabesp.

O volume de água que estará à disposição para abastecimento público é de 200 bilhões de litros. Esse recurso será utilizado apenas se necessário e será suficiente para abastecer a população da Região Metropolitana de São Paulo por pelo menos quatro meses. Caso chova, essa água pode nem ser utilizada ou durar mais tempo.
Iniciadas em 17 de março, a previsão para conclusão das obras é de dois meses e o investimento é de R$ 80 milhões.
                                                    
  

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Desperdício de água: um problema além da estiagem

O desperdício de água é um tema que há décadas vem sendo discutido. O futuro do planeta é uma das principais preocupações não só de ativistas, ambientalistas e cientistas, mas também de uma parte consciente da sociedade. Entretanto, o desperdício está começando a afetar, também, o presente de uma série de comunidades, que, hoje estão sofrendo com o rodízio e racionamento de água.
É o exemplo do que está acontecendo na Região Metropolitana de Campinas, por exemplo, atingindo cidades como Valinhos e Vinhedo.

 “O racionamento de água apesar de ruim, coloca em pauta um assunto sério, que é o desperdício de água no Brasil. Nós ainda não aprendemos a respeitar a água e dar o devido valor a ela, isso se dá tanto no setor público quanto no privado. Devemos economizar e usar conscientemente a água todos os dias, não importando se estamos em período de estiagem ou não”, comenta Mario Borba, diretor geral da Canumã.

Acompanhe as notícias aqui e em nossa Fan Page, no Facebook > https://www.facebook.com/canumaagua






Morador de Campinas se revolta contra desperdício de água e se preocupa devido ao período de estiagem. Leia> http://migre.me/hOGci 


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Boletim Canumã: Entrevista com Gabriele Valente

Uso consciente da água: é preciso educação e uma boa dose de realidade, inclusive para as crianças
É o que uma jovem de 30 anos vem fazendo: promovendo educação e consciência do uso da água de forma lúdica e realista para crianças do Rio de Janeiro

Boletim Canumã - Quem é a Dona Gotícula?
Gabriele Feliz - Dona Gotícula é um personagem lúdico criado para conscientizar as crianças da importância de cuidar da água. Ela é uma gota d'agua gigante que veio do interior da terra para ajudar as crianças nessa missão.

BC - Qual a proposta da personagem e como ela nasceu?
GF - A proposta principal da Dona Gotícula é proporcionar diversas experiências sensoriais relacionadas à água, explorando os cinco sentidos. Ela nasceu quando em Janeiro de 2013 fui convidada a fazer uma colônia de férias com a temática da água para crianças de 2 a 6 anos.

BC - Como você enxerga a educação para o uso consciente da água nas escolas, empresas e sociedade de modo geral?
GF - Acredito que ainda estamos engatinhando neste sentido. O que é feito hoje são coisas muito pontuais. Somente informamos, conscientizamos, mas a prática ainda está muito longe do que vejo como uso consciente da água. Penso que a educação ambiental em relação à água deveria ser uma das matérias principais das creches e das escolas. Não temos a real consciência do que é viver sem água, pois abrimos a torneira e ela está ai. Acredito que histórias reais, de pessoas que precisam caminhar 10km por dia para terem água deveriam fazer parte do nosso dia a dia. Filmes curtinhos de experiências vividas por pessoas que moram em outros países como Índia e África, por exemplo, deveriam ser vistos diariamente nas escolas e empresas. A água é um recurso finito, mas tratamos como se a torneira do mundo estivesse sempre ao nosso dispor.

BC - Fale um pouco sobre a importância da água para o planeta.
GF - Somos 80% água, sem água não há vida. E não adianta somente termos a consciência disso, temos é que colocar isso na prática. Ser o exemplo para outros cidadãos. Fechar torneiras, tomar banhos mais curtos, não jogar lixo no chão para não entupir rios e, mais uma vez, parar de falar tanto e começar a agir mais! Dona Gotícula está aí para ser o exemplo para as crianças.

Você pode saber mais sobre o projeto Liberte seus Sonhos acessando a Fan Page no Facebook > https://www.facebook.com/LiberteSeusSonhos?fref=ts

Boletim Canumã: Entrevista com Marcelo Guaranha

Parceria entre Canumã e Lindenberg já rendeu prêmio e garantia no controle de qualidade


"O trabalho da Canumã nos auxilia na garantia da qualidade e da confiabilidade de nossas instalações hidráulicas" - Marcelo Guaranha, gerente de qualidade da Lindenberg

Leia a entrevista com Marcelo Guaranha, que comenta a seguir a parceria com a Canumã.



Boletim Canumã - Comente o Prêmio Parceria conquistado pela Canumã em 2012, por favor.



Marcelo Guaranha -
 A Lindenberg, a partir de 2012, criou o prêmio “Empresa Parceira” com o objetivo de reconhecer e estreitar o relacionamento junto aos fornecedores que tem apresentado bom desempenho no cumprimento de seus contratos e que prezam pela parceria que têm junto à Adolpho Lindenberg. A Canumã se enquadra nas duas vertentes.





BC - Como você percebe o trabalho realizado pela Canumã?
MG - Na assertividade da entrega dos empreendimentos – como os testes são realizados durante a obra, todas as eventuais ocorrências são resolvidas imediatamente, nos dando a segurança de que o empreendimento será entregue isento de problemas relacionados a vazamentos nas instalações hidráulicas – pelo menos aqueles que poderiam seriam caracterizados como vícios aparentes.


BC - Qual importância você atribui ao tipo de serviço prestado pela Canumã?
MG - A Canumã atua como nosso controle de qualidade das instalações hidráulicas, inclusive preconizado em nosso procedimento de instalações – o termo “qualidade” está fortemente associado ao nome de nossa construtora e, mais do que garantir a adequação às Normas, o trabalho da Canumã nos auxilia na garantia da qualidade e da confiabilidade de nossas instalações hidráulicas.https://mail.google.com/mail/images/cleardot.gif

De acordo com o diretor geral da Canumã, Mario Borba, desde 2012 já foram testados cerca de 5.500 banheiros e mesmo com os testes das instaladoras antes dos testes da Canumã, são encontrados vazamentos, que são reparados antes da colocação do acabamento e consequentemente antes da entrega dos apartamentos aos clientes.
A parceria, que existe há dois anos, começou com apenas quatro obras testadas, abrindo as portas para a Canumã realizar, efetivamente, testes em todas as obras da construtora. "Desde 2011, a Canumã e a Construtora Adolpho Lindenberg, trabalham em parceria realizando testes preventivos nas tubulações de água, gás
e esgoto nas obras da construtora. O retorno destes testes se dá na diminuição dos problemas de assistência técnica e na consequente diminuição de custos no pós-obra. Hoje os trabalhos da Canumã fazem parte do controle de qualidade da Construtora Adolpho Lindenberg", finaliza Borba.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Boletim Canumã: Entrevista com o geógrafo Renato Muniz

Água: a responsabilidade nas mãos de empresas e cidadãos

“As empresas disseminam suas práticas, de modo positivo, quando tomam atitudes de proteção, de economia, de reciclagem, de reaproveitamento, ou de modo negativo, quando descartam resíduos sem o devido tratamento, quando produzem sem os cuidados necessários com a saúde e o meio ambiente, ou quando não se preocupam com questões como o desperdício.”


Geógrafo formado pela USP, especialista em educação pela Universidade de Uberaba e Mestre em Geografia com área de concentração em Análise e Planejamento Socioambiental pela Universidade de Uberlância, Renato Muniz é hoje uma das principais referências em geografia no Brasil.
Atualmente leciona e coordena o curso de Engenharia Ambiental da FACTHUS - Faculdade de Talentos Humanos, em Uberaba (MG).

É ele quem fala nessa edição para o Boletim Canumã sobre o uso consciente da água e sobre o cenário atual desse bem de consumo indispensável para a vida no planeta.

Boletim Canumã - Qual o real cenário do desperdício de água atualmente?
Renato Muniz - O atual cenário de desperdício de água é preocupante. Mas a resposta exige algumas considerações no sentido de esclarecer quais são essas preocupações básicas. A quantidade de água no planeta é fixa, ou seja, a Terra não perde e nem recebe água (não de modo significativo) de fora do planeta. Sabe-se, entretanto, que cerca de 97% da água na Terra é água salgada. O restante, cerca de 2,5%, é água doce, e parte dela está disponível para as plantas, os animais e os humanos. Considerando-se isso no total do planeta, tem sido suficiente para as atividades humanas em quase todos os locais, mas é pouco, em termos absolutos. Isso significa que deveríamos usar com responsabilidade. Acontece que a necessidade de água consumida, imprescindível para impulsionar as atividades econômicas e de sobrevivência, tem aumentado consideravelmente, sendo inclusive impressionante o volume que já se retira dos lençóis e dos aquíferos. Além do aumento da utilização, tem ocorrido a contaminação dos cursos d’água, das diversas fontes e dos aquíferos. Considero desperdício a contaminação, a perda por escoamento superficial, associada à erosão, as inundações, a água que desce nos deslizamentos de encostas, sem contar a água já tratada que é usada para lavar calçadas, automóveis, a água que “sai pelo ralo” ou pinga das torneiras, etc. Não vivemos sem água, e as legislações modernas tendem a considerá-la um direito de todos. Desperdiçá-la é um retrocesso.

BC - Podemos dizer que estamos em uma situação de emergência?
RM - Em alguns lugares sim. Se considerarmos a questão da qualidade, a situação é mais complicada. A emergência refere-se às questões que envolvem o uso da água. Água limpa, sem poluentes, obtida em mananciais sem contaminação é um recurso cada vez mais raro. A água disponível para as populações urbanas escasseia, principalmente nos grandes centros urbanos. Água para indústrias, dependendo das atividades desenvolvidas, ainda está disponível, dependendo da região (e algumas empresas necessitam de muita água!). A água para irrigação começa a passar por uma situação de regulamentação legal que pode dificultar e coibir o uso indiscriminado. Mas a velocidade do aumento no consumo tem sido maior do que a capacidade que temos de realizar a descontaminação.

BC - Como o senhor enxerga, hoje, a relação homem x natureza?
RM - Esta é uma relação inevitável e indispensável. Podemos começar por situar os humanos como seres que fazem parte da natureza, que “são” naturais, portanto é um vínculo indissociável. Mas, à medida que as sociedades históricas se modificaram, as necessidades passaram a ser outras, de outro tipo, mais complexas, as concepções sobre a natureza e sobre os próprios indivíduos se alteraram. Os inúmeros usos dos recursos se transformaram quantitativa e qualitativamente e, pode-se dizer, criou-se um distanciamento. No entanto, não podemos dispensar os alimentos, os abrigos, o ar e a água, caso contrário, cessa a vida, e cessa o vínculo. Acredito que estamos vivendo, neste início do Século XXI, um momento de mudanças, em que a relação sociedade x natureza também passa por uma profunda modificação. São novas concepções que surgem, sobre os animais, sobre as árvores, sobre a vida, que vão exigir novos comportamentos, talvez mais responsáveis, de nossa parte, quanto à natureza.

Na natureza tudo está interligado. Se quisermos água de boa qualidade sempre, temos de evitar o desmatamento, temos de proteger os solos e os mananciais, temos de reduzir a produção de resíduos, temos de diminuir ou até mesmo eliminar o uso de venenos, temos de tratar os esgotos.


BC - Qual o papel das empresas enquanto organizações geradoras de consumo na sociedade?
RM - As empresas têm uma grande responsabilidade neste processo de mudança. Não é gratuito que muita gente fale, escreva e difunda conceitos como “Desenvolvimento sustentável”, “Responsabilidade social”, “Respeito à Biodiversidade” e outras ideias que se popularizam na imprensa, nos discursos oficiais, nas instituições científicas e acadêmicas e no cotidiano das comunidades. As empresas refletem essa realidade e disseminam suas práticas, de modo positivo, quando tomam atitudes de proteção, de economia, de reciclagem, de reaproveitamento, ou de modo negativo, quando descartam resíduos sem o devido tratamento, quando produzem sem os cuidados necessários com a saúde e o meio ambiente, ou quando não se preocupam com questões como o desperdício.


BC - Qual o papel de cada pessoa enquanto consumidora na sociedade?
RM - O consumidor tem um papel fundamental nesse mundo em transformação. Ele é um vetor de mudança, tem o poder de impulsionar as mudanças, ou frear algumas delas. É um indivíduo suscetível a várias influências, mas uma boa parcela exerce um papel de “formador de opinião”. Estes têm um grande poder, têm a capacidade crítica de forçar uma mudança de comportamento, tanto de governos quanto de empresas. Hoje, as pessoas estão mais exigentes, mais preocupadas com a qualidade do alimento, com a segurança alimentar, com a proteção da fauna, da flora e dos recursos hídricos, com a mobilidade urbana, com a qualidade de vida nas cidades e no meio rural.

A água, enquanto recurso e tem um preço, e seu preço depende da disponibilidade, do que se gasta para purificá-la, da distância que tem de percorrer até os pontos de consumo, da sua qualidade, e por aí vai. Como ninguém pode ser privado de água, cabe aos consumidores, às empresas e aos governos, ficarem atentos e fiscalizarem constantemente sua qualidade, posicionarem-se sempre contra a contaminação e contra o desperdício.